quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

BOAS FESTAS PARA TODOS

Este homem que pensou
com uma pedra na mão
tranformá-la num pão
tranformá-la num beijo

Este homem que parou
no meio da sua vida
e se sentiu mais leve
que a sua própria sombra

Ramos Rosa

R

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bairros de Lisboa II

As pessoas precisam de acreditar no futuro e de viver com calor.

Dizia eu, no meu Blog, como comentário a um conjunto de fotos onde procurei retratar alguns aspectos de um dos bairros mais representativos de Lisboa que, hoje, muitos de nós gostaríamos de viver num bairro popular, provavelmente na procura de uma identidade e de relações sociais mais próximas.
De facto, quando se olha para o modelo urbanístico que estrutura os bairros lisboetas, repara-se que a proximidade é um dos conceitos chave dessa organização.
Casas próximas, ruas estreitas, becos, praças e pátios, para onde se debruçam várias casas e respectivos moradores. Tudo convida à relação, ao convívio, à troca de vidas, de problemas, de desafios, de expectativas, de projectos de acção comuns.
As janelas abrem-se para outras janelas, deixando entrar a vida...
Tudo ao contrário da organização da sociedade actual: grandes ruas, avenidas, casas distantes, muradas, com muros tão altos que não entra um fio de vida...
Individualista. Eu contra os outros. Metem na luta a grandeza e o luxo da casa, a marca e o tamanho do automóvel. As férias em locais exóticos, que mostram sem partilhar, referindo apenas detalhes de grandeza e de poder financeiro.
Nota-se a solidão no meio da multidão, que não olha nos olhos daqueles com quem  se cruza.
Alguns, vão acordando deste sonho de homem só e começam a procurar vida, buliço, gente diferente, mas igual no gosto pelo calor da vida.
Será esta procura de calor que nos leva a gostar tanto destes bairros populares?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Bairros de Lisboa


















Porque será que, quase todos, gostaríamos de viver num bairro antigo de Lisboa?
Provavelmente, pela beleza das suas cores, ruas, praças e recantos.....Provavelmente porque, num mundo com poucas referências, necessitamos de uma identidade que nos dê pertença e distintividade.... Provavelmente, porque não queremos estar sós no meio de muitos, porque queremos ter relações de maior proximidade, mais ricas e mais solidárias... Provavelmente, provavelmente...











segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sem Destino

Andam pelas ruas e jardins sem destino, sem nada, mas carregados de malas, sacos e memórias vivas, trocadas. Andam pelas ruas, cada vez mais, carregando a vida, vivida, e a incapacidade de a viver, subjugados às ordens inexistentes e aos mesmos caminhos, desconhecidos. Andam por aí, cada vez mais...